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sexta-feira, 5 de março de 2010

Palavras de um ser (in)existente.

São 5 horas da tarde.
Estou de frente para a grande janela da minha sala de estar.
Onde muito mesmo costumo estar.
Meu óculos escorrega com frequência pelo meu rosto.
Afinal, pra estar aqui preciso estar com a cabeça baixa.
Está chovendo lá fora.
Um cinzeiro com um cigarro se encontra ao lado das letras.
Não está aceso, nem pretendo acender.
Mas um copo com uísque e gelo pretendo tomar.
Cansei de cantar minhas desgraças.
Não acho mais graça.
Aliás, há um bom tempo que falo só por falar.
Sinto um vazio imenso dentro de mim.
Não sei o que faço aqui, mas aquele de força maior, por algum motivo, ainda faz com que eu acorde todos os dias.
Não tenho um motivo certo pra viver.
Ultimamente não tenho vivido, tenho apenas existido.
Isso faz diferença pra alguém?
Sei que já amei, já sofri, já ri e já chorei.
Mas hoje, agora, não tenho motivos pra nada disso.
Eu realmente nem sei se sou capaz de senti-los novamente.
Estou com milhares de dúvidas na minha cabeça, no meu coração, que não sei o porquê, mas ainda bate.
Talvez esteja na hora de tomar o meu copo de uísque.
E acho que no meio de tudo isso, acabei acendendo meu cigarro.
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