Tô com vontade de acordar às 8:00, tomar o meu nescau e comer um pão. Deitar na cama da minha mãe, olha pela janela e gritar tchau pra eles. Ligar a tv na cultura e assistir cocoricó, castelo ra-tim-bum. Almoçar na cama. Buscar minhas bonecas e ir brincar com minhas amigas. No sábado ir ao shopping assistir as compras que minha irmã fazia. Nos domingos passar na casa da minha tia, e irmos para o clube. Sinto falta da vontade de crescer, dos choros de tolice, dos risos verdadeiros, dos pensamentos passados sobre futuro.
Só queria ser criança.

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Me assustei com o tempo que passou, com a quantidade de horas que eu já perdi.
Tenho realmente medo de fenecer, sem que ninguém perceba.
Tenho medo que não dê tempo de realizar meus sonhos, de não ser feliz.
Enquanto hoje tenho medo de não poder sorrir tranquila, tenho medo também de sorrir.
Olho ao meu redor pensando em uma mudança drástica, mas as mundaças que ocorreram não afetam o meu olhar.
Tento aprender coisas novas, fazer grandes mudanças, mas com uma certa indecisão não vindo de mim nada se transforma.
Relembro várias vezes o passado, e penso bastante no futuro tão distante que esqueço completamente o presente.
Assisto vida irreais onde tudo acaba bem no final. Penso muito que o meu final também será feliz, que bobagem a minha, nunca sei quando será o final, só sei que se for agora, uma parte de mim não está completa.
Sinto saudade do que nunca existiu, acredito na minha imaginação, acredito no irreal, realmente mentiras sinceras me interessam.

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Palavras

casa, asa, árvore, mala, lama, céu, luva, mula, macaco, cavalo, cachorro, brinco, amor, paz, saúde, olho, boca, pé, mão, braço, joelho, óculos, letras, cores, azul, amarelo, verde, vermelho, rosa, preto, cinza, morte, flor, fruta, cabelos, pêlos, animal, velocidade, palavras.
palavras apenas.

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