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sábado, 29 de maio de 2010

Eu tenho uma vida diferente da que tenho.
Sim, é isso mesmo.
Eu acordo todos os dias, vou para o mesmo lugar todas as manhãs, tardes e noites.
Porém, às vezes quando eu acordo, continuo dormindo.

Ao ir para o lugar nas manhãs, eu sonho no caminho.
Sonho que estou em outro lugar, com outras pessoas, ou com uma pessoa só.
Sonho que minha noite foi a mais divertida de todas e que nas manhãs seguintes, estou pronta pra uma nova aventura, um novo lugar, com novas pessoas ou, com uma pessoa só.

Ao ir para o lugar nas tardes, eu imagino como foi a minha manhã.
E pra mim, ela sempre foi diferente de como realmente foi.
Pra mim ela foi cheia de cores, cheia de lugares, histórias, fotografias, lembranças, conversas, pessoas e cafés.

E quando vou para o lugar nas noites, eu imagino como foi a minha tarde.
Cheia de cultura, de personagens, de músicas, danças, filmes, livros, poemas e críticas bem postas.
Imagino que no final da tarde eu estava apenas com uma pessoa, que nossa conversa durou horas mas que pareceu segundos.

Quando finalmente não tenho mais tempo pra pensar, volto a dormir de verdade pra na manhã seguinte continuar a dormir depois de acordada.
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

O diário de uma vida incompleta.

Eu hoje peguei uma mochila, coloquei minhas piores roupas, deixei a maquiagem fora e fiz uma longa viagem ao meu passado.
Nele encontrei uma manhã de sol, diferente da de hoje, encontrei um amigo que só me fez rir e longos exercícios teatrais que me fazem efeito hoje.
No meu passado também encontrei um frio na barriga que já havia sentido antes, encontrei palavras confusas e uma voz desafinada que pra minha sorte eu fui a única a escutá-la.
Econtrei dois rapazes nada sóbrios que me fizeram gargalhar um dia depois, ao lembrar de quem fui naquela noite.
Vi o tempo, só o vi, porque senti-lo foi impossível. Ele passou por mim com uma velocidade estúpidamente alta.
Vi-me sentada em uma cadeira, sem falar nada, só o sentindo (ele, não o tempo).
Foi a primeira vez (e única até agora) que me senti querida daquele jeito.
E quando o vi pela primeira vez, aaaaaaah, isso foi tão surpreendente.
Tocar seus cabelos um pouco depois foi o mais surpreendente do que vê-lo pela primeira vez.
Aí eu senti meu coração bater em uma rapidez até então desconhecida, era quando uma simples palavras era dita, quando um simples gesto o congelava e o queimava ao mesmo tempo e frequentemente.

Era até ai que eu queria chegar, então eu voltei com a minha mochila.
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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Outro dia, no elevador, disseram: ''ela tá indo pra casa dela!"
E pela primeira vez caiu a ficha de que não estava indo pra casa, ainda.
Neste lugar há uma cama, uma tv, e tudo mais que gostaria de ter em casa.
Mas de fato, não me sinto em casa.
O meu corpo habita um lugar.
O meu coração, um lugar totalmente diferente.
Hoje eu sei que meu coração e meu habitam lugares diferentes, onde a felicidade é dividida, mas não igualmente.
Eu sei onde se encontra a maior porção.
E não é onde se encontra meu corpo.
Eu, definitivamente, não estou em casa.
E no dia que meu corpo encontrar meu coração, minha felicidade se tornará única.
Única e grande, imensa.
Que nem a saudade vai conseguir destruir.
Um dia eu ainda vou pra casa encontrar meu coração.
Eu sei que ele me espera com uma placa dizendo: seja bem-vinda em casa, aqui é seu lugar.
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domingo, 9 de maio de 2010

Hoje não me importa o que passou.
Não importa se as noites quentes que pensei em passar não passarão.
Não importa se ontem meu coração gritava pelo teu nome e tu escutavas. Hoje meu coração se prende quando vê que teus olhos brilham e não é por mim.
Não importa se eu escutei lamentos alheios enquanto os meus lamentos só eram escutados por eles mesmos.
Hoje leio as tuas palavras e apenas leio.
Não quero mais senti-las.
E não sinto.
Apenas quero me ver aqui, assim, desabafando por letras pra mim mesma.
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu sinto que perdi alguém que nunca tive.
É estranho, mas sinto como se o vento, agora, fosse apenas o vento.
Meu sentimento nunca revelado agora está voando por ai.
Joguei ele fora a exato 24 minutos.
E eu prometo que essa é última vez que eu falo sobre minhas asas.
O vento conseguiu arrancá-las de mim.
E no momento, eu sofro.
Mas daqui a um tempo, criarei mais cicatrizes.
Um lugar dentro de mim já está cicatrizado pelas mesmas feridas.
E agora não vai ser diferente.
Não tem porque ser.
Ou tem.
Adoraria poder falar que minha felicidade é igual a outra.
Mas não é, é totalmente o inverso.
Eu quero gritar, gritar tanto até minha voz falhar, até meu ar sumir totalmente.
Cansei das asas.
Cansei do vento.
Quero um abraço teu e um adeus.
Sinto-me abraçada, então agora, com lágrimas nos olhos e pedaços de mim espalhados por ai, eu digo: Adeus, minhas asas de fogo acabaram de ser alagadas.

''I'll never forget what took me out of bed
Made me sweat and will make me go back
I shut my eyes everytime it gets dark
Cause I hardly know, I hardly know what's
Love.''

Faço de suas palavras, as minhas.
Adeus.
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