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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Adeus 2012.

Minha mãe sempre me ensinou que "adeus" é uma palavra muito forte. Adeus é diferente de tchau. Adeus, acabou, não volta mais. E eu amo dizer adeus pros anos que terminam.
Não posso dizer que foi o melhor ano da minha vida, mas também não foi o pior. Só passou.
Passou com coisas boas e ruins.
2012 foi realmente o ano da saudade.
Não fui quem sou durante todos os 365 dias. E olha que estamos no dia 26 de dezembro. E não vou me encontrar durante esses 5 dias que ainda restam.

Mas dessa vez, vamos começar diferente.
Vamos começar o ano, primeiramente, admitindo que somos humanos.
E como humanos, cometemos pecados. Até a pessoa mais pura da face da Terra sente preguiça no domingo de manhã, tenho certeza!
E, admitindo isso, façamos novos desejos. 
Vamos diferenciar, claro que ainda desejando amor, paz, felicidade e saúde, como em todos os fogos do dia 31 de dezembro. Mas desejemos outras coisas. Aquilo de ser menos preguiçosa no ano que vem, cuidar mais da alimentação, beber menos ou doar dinheiros pra caridade. Esqueça.

Vamos desejar o que ainda não desejamos.
E sejamos humanos. 
Desejemos mais sexo. Consigo, com outros, com quem amamos ou o comprado. E como os seres que somos, temos que abrir a boca pra falar de sexo comprado, todos sabem que existem.

E como o ser vindo do macaco (ou de Eva e Adão, quem sabe?), somos egoístas. E sejamos mais. E preocupe-se só com si em alguma ocasiões, assim, as pessoas que ainda se preocupam com as outras pessoas que gostam de beijar as pessoas do mesmo sexo, deixem pra lá. 

Aceitemos que não vamos ser felizes 100% nunca, que sempre vai faltar algo, que nunca estaremos completos, e que dinheiro sim, compra felicidade! Ou você ficar triste ao receber seu salário? 
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pensamento da noite.

Eu faço teatro.
Eu ainda insisito em fazer teatro.
Sinto saudade de quando eu achava que era possível viver trabalhando nos palcos.
Ainda acho que seja, acho que a saudade passou.
E olha que não tenho bundas, peitos ou coxas o suficiente pra viver de teatro.
Mas eu faço.
Não sonho em ser o papel principal, não ganha mais mesmo.
Não é pedir muito conseguir pagar meu apartamento, comprar minha comida e minhas roupas só fazendo teatro, é?
É. Mas não devia ser.
Engraçado, se eu não trabalhasse, tivesse dois filhos e um marido preso eu conseguiria essas coisas.
Mas só fazendo teatro não.
Só se eu tivesse peitos, bundas ou coxas o suficiente.
Será que é bom esse negócio de teatro?!
É, porque ó: não temos dinheiro pra montar espetáculo, não temos dinheiro pra pagar a pauta do teatro da própria escola de teatro, não temos dinheiro pra divulgar, temos que implorar o comparecimento das pessoas (isso inclui nossos amigos que, na maioria daz vezes, preferem ir pro bar beber em pé) e ganhamos vinte reais que não paga nem o ônibus que íamos pro ensaio.
É muito amor.
Mas queria sobreviver de amor.
A gente passa anos criando e estudando caminhar, modos de falar, olhar, espirrar e até um jeito diferente pra soltar pum (o que faz a plateia vir a baixo de tanto rir e tu aí, disque estudando Stanislavski).
Que merda né?!
Aliás, pra se ter uma ideia da loucura que é fazer teatro, acabei de desejar sorte.
Não sou atriz, acho que vou morrer não sendo. Não me importo, acho que ser atriz é uma carga muito pesada que não quero ter.
Engraçado, não quero ser atriz mas quero viver de teatro. Acho que tô ficando louca, que nem esse povo de teatro. Meu Deus.
Enfim, acho que a minha diferença ao fazer teatro da maioria das pessoas que dizem ser atores, é que eu faço teatro com amor.
Com muito amor.
Triste né?
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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

As estrelas nascem e morrem.

Hoje eu achei umas fotos tiradas por um telescópio especial.
Enquanto passava as fotos pra ver, lia a descrição.
Mas uma me chamou a atenção, a que descrevia a imagem como morte de uma estrela.
E estranhamente, ao ler isso, me deu uma tristeza muito grande.
As estrelas morrem, vocês sabiam?
Eu não.
E pensei o quanto deve doer a morte de uma estrela.
Não pra ela, mas pra variar, pras pessoas.
Todos nós já dedicamos estrelas pra alguém, ou já usamos frase do tipo: "a estrela que mais brilhar me fará lembrar de você."
Nunca dediquei estrela a ninguém, mas estranhamente, ao ver essa descrição, me senti triste.
Até que mais a frente, enquanto continuavam as fotos com suas descrições, vi outra falando de estrela, mas essa estava nascendo.
Que coisa não?
Estrelas nascem e morrem.

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que me escondeste?
O que percebeste?
Minhas mãos firmes e geladas não tem força pra agarrar nem mesmo meus cabelos.
Vestida de flores amarelas, eu te vejo passando por meus olhos sem nem mesmo dar um adeus.
Foi-se o tempo de amor.
De amar.
De nossos corpos nús.
Lembro que ríamos dos meus enganos e de teus esquecimentos.
E ontem mesmo vi nossos filmes estocados na prateleira da sala do meu novo apartamento.
Como é estranho um dia achar que passaremos a vida inteira juntos e te ver, de repente, como um desconhecido qualquer.
Qualquer não né, trocamos amores, dores e calores bem trocados.
Hoje tenho aquela máquina de costura que uma vez disse que queria, lembra?
Nunca usei, mas lembro de ti quando olho pra ela.
Pra ela, pra mim e pra todo o resto.
Um dia vou costurar uma roupa bem bonita e vou levar pra tu veres.
Mentira, não consigo.
E por que te pronuncio em meus pensamentos? Não vai ouvir.
Vou comprar um gato pra me fazer companhia.
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sábado, 4 de agosto de 2012

A Nossa Calçada.

Cabelos escorridos, camiseta branca pra fugir um pouco do calor, bermuda jeans e um tênis vermelho.
É, eu tava lá assim.
Ao lado de um poste de luz, com as mãos soltas, esperando o vento e tu chegarem.
Assistindo os carros passarem sem vê-los.
De pés suados, tentava movimentá-los.
E ria, sorria, gargalhava de amor, de medo, de vontade e da cara da coragem.
Eu não esperava um beijo, um braço e nem tuas mãos, queria ver apenas teus olhos piscarem e tocar teus cílios.
Eu não sentia saudade.
A única coisa que consegui senti foi o suor escorrendo pela minha testa me causando calafrios.
Esperei por horas eu acho, sem conseguir mover o olhar com medo de te enxergar.
Infelizmente não vieste.
Mas eu volto.
Isso foi só pra avisar que nunca esqueci do nosso lugar.
Um dia ainda pisaremos na mesma calçada.
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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Alma Gêmea.

Nem toda pessoa que encontra sua alma gêmea necessariamente casará com ela.
No meu caso, por exemplo, minha alma gêmea é minha melhor amiga.
Sempre, desde que eu conheci, soube disso.
E olha que faz tanto tempo, que nem lembro quando foi.
E nós somos tão iguais e diferentes ao mesmo tempo que nunca discordamos.
Hoje recebi uma notícia que ela vai partir. Vai ficar longe.
E, meu Deus, como me dói essa notícia.
Eu, como pessoa, como um ser egoísta que nem todos os outros, não quer isso.
Afinal, quem vai me ouvir? Quem vai me abraçar quando eu pedir? Quem vai sair comigo sem nem saber pra onde?
Mas como amiga, tô explodindo de felicidade. Mas esse não é o caso.
Sou uma atriz e sou dramática e já que ela não vai mais tá aqui, eu escrevo e desabafo.
Tomara que quando ela me esqueça, ela não conte meus segredos.
Não que ela vá me esquecer.
Ai dela que faça isso!
Acho que tô sofrendo.
Não lembro quando foi a última vez que chorei assim.
Ela ainda não foi e eu nem consigo explicar o quanto eu já sinto saudade.
Enfim, te solto minha passarinha.
Vai minha amiga.
Minha confidente.
Voa.
Voa com uma parte grande do meu coração.
E não me faz sofrer, sonha.
E não deixa de me ligar.
Me usa como diário que vou querer saber de tudo.
Eu te amo minha amiga, minha melhor amiga.
Minha alma gêmea.
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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Foi como um adeus.
A nossa música tocou pela última vez e nos despedimos sem nem sequer um adeus.
Estava com a minha roupa mais bonita e meu mais vermelho batom pra escutar teus olhos.
E sem esquecer que as melhores frases, paixões e excitações foram as tuas, meu corpo corre.
E pelos meus dedos escorrem teu cheiro, minhas lágrimas e liberdade.
Foi como se tudo estivesse enrolado em um saco plástico, amarrado com um laço caprichado e jogado nos meio da rua.
Acabou.
Minhas verdades são minhas excitações e corro pra nunca mais parar.
Essa não sou eu.
Essa sou eu...
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