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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Com um disco na vitrola, diminuo as luzes e me afundo na minha cadeira de balanço segurando uma xícara de café e apagando cigarros em baixo da mesa.
Eu nunca reconheci minhas fraquezas, até saber que minhas forças foram aniquiladas formalmente de meu corpo e já não consigo ficar de pé.
Hoje quando procuro secar minhas lágrimas salgadas, lembro do sorriso que me deste enquanto partias, com óculos escuros para não reconhecer o brilho dos teus olhos enquanto sonhavas na realidade.
Enquanto o sol queima minha liberdade involuntária, me sinto preso a minha paixão sem poder correr a favor do vento sentindo cheiro das lindas flores do campo.
Não sei se faz algum sentido, mas estou bem enquanto respirares, enquanto viveres sob o mesmo céu que eu e não fugires para as estrelas enquanto eu não encontrá-las.
O sangue que percorre dentro de mim esquenta a cada nota, procurando em tua solidão o meu lugar.
Minhas mãos lembram do teu corpo e o quanto tuas pernas me seguravam no chão para nunca sair das nuvens.
Eis que o fim de um começo está próximo a nós e nossos corações já não batem mais sincronizados ao nosso vai e vem dos corpos.
Chegou a hora de que as luzes se apagam de meus olhos e nossas almas se sentem abstinentes a nós.
O vento me assiste senti-lo como quem sente uma onda me mergulhar.
Nós já não existimos mais.
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