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domingo, 13 de novembro de 2016

Era um desapego, um desalento, um vuco-vuco de pensamento.
Não era mais a liberdade que me temia.
Era a dor do sofrimento de um amor que partia.
Nunca é fácil mudar a rotina, ele dizia.
A dificuldade está em mim.
Era no dia a dia que a morte me desviava enquanto eu encarava a varanda da vida.
Era o chão perto, o coração mole, a mão que tremia.
Faltou a coragem pra me dizer pra onde eu ia.
As malas jogadas, destrinchadas, manchadas.
Foi o azul do céu que me deu a vida.
Não precisei de mim pra partir.
Eu mesma já havia ido.
Tinha tido na vida aquele amor abalado, triunfado.
Foram as mãos que me impediram de me impedir.
Nada mais era o sufoco.
O ar que entra não sai.
E sem pedir, eu sobrevivi.
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