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sexta-feira, 30 de abril de 2010

É incrível como uma simples nota pode causar tantas sensações em meu corpo.
Eu consigo diferenciar duas vozes similares somente com o arrepio dos meus braços.
No início confundi um pouco, mas meu coração logo percebeu a voz que tanto me faz sorrir.
E não importa a hora, se é cedo ou tarde, mas por mim ficar 24 horas ouvindo apenas esse trecho da música, o trecho em que tua voz suave e diferente da outra se encontra.
A voz que me faz sorrir sem perceber, que me faz fechar os olhos e te sentir.
Como muitas vezes repeti o som que eu escuto agora o resto da noite me pede pra repetir mais uma vez.
E com uma só nota;
uma só voz;
um só gesto;
uma só frase;
uma só pessoa, eu tenho sonhos, sons, música e asas.
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terça-feira, 20 de abril de 2010

Hoje eu li tuas novas palavras.
Li com uma esperança antiga de querer me ver nelas.
Mas nunca estou lá.
E sempre estas nas minhas.
Inclusive, nessas que escrevo agora.
De a à z.
Porque eu te quero e tenho uma esperança estúpida de ter um dia.
Mesmo sabendo que é quase cem por cento impossível.
Mas quando me alimentas sinto que sou tua.
E tu és meu, mesmo que não sejas.
Talvez isso tudo seja porque estou vazia há tempos.
Nem uma troca de olhar apaixonado.
Eu sei que me desconheces.
Mas eu te conheço mais do que meu eu mais próximo.

Ontem, no meu sonho, tu me olhavas.
Tu rias comigo.
Tu me apreciavas e me abraçava.
Tu estavas lá só pra me assistir.
Tu me conhecias?
Tu me conhecias!
Tu me conhecias.
Tu me conhecias...
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domingo, 18 de abril de 2010

Na minha rua há um homem.
Nesse homem há palavras.
Essas palavras são pra todos que passam por ele.
Não importa quem for ouvirá chingamento, elogios, piadas ou mentiras.
Apesar de eu achar pouco provável sair mentiras dele.
Ele nunca está sóbrio.
Esse homem um dia já teve amor.
Esse homem um dia já foi jovem.
E esse mesmo homem um dia já falou verdades sem estar bêbado.
Hoje ele não está na rua.
Há dias não o vejo.
Logo que me mudei o observava por minutos e era sempre a mesma coisa:
ele estava em pé, em frente ao bar, falando e algumas vezes até cantando.
Sempre vestia camiseta, bermuda e um sapato.
A vestimenta me lembra o meu pai.
O fato dele estar bêbado também.
Não que meu pai viva bêbado, mas é quase isso.
Não conheço a história desse homem.
Só sei que ele deve ter uma.
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sábado, 17 de abril de 2010

É estranho conhecer a distância.
Saber que o mundo é tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo.
Saber que certos sentimentos não se importam em aparecer.
Eles simplesmente aparecem.
E são tão intensos quanto a distância que separa o real do irreal.
Conhecer certas possibilidades e saber que a maioria delas são impossíveis.
Reconhecer que pra ser feliz uma vez temos que passar por várias infelicidades.
Aceitar que nem todos são iguais e que pra rir como se fosse a última vez ter mesmo que ser a última vez.
Mesmo que não seja.
Saber que para receber aplausos que valham alguma coisa, temos que passar por vaias que não valem nada.
Saber que para ver a cortina se abrir, temos que ver ela se fechar inúmeras vezes.
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domingo, 11 de abril de 2010

Há minutos atrás estava em minha cama.
Eu e meu único sonho.
Único porque tenho tido o mesmo há dias.
Acordei e me levantei, preparei um café bem quente e sentei-me em frente á imensa janela que aqui está.
Onde há dias escrevia palavras e bebia uísque.
Lembro-me de acender um cigarro também, mas não tenho certeza.
Hoje estou sentada no chão mesmo, com as duas pernas dobradas formando um 'x' e com meus braços para segurá-las.
O café está aqui ao meu lado no chão, fumaçando.
Meu cabelo está preso e eu estou só.
Como muito já estive.
Não tenho planos para hoje.
Aliás, nem para amanhã.
Hoje não está chovendo, mas não está sol.
Acho que é cedo demais pra alguma demonstração de como será o dia hoje.
Ele começou há pouco tempo.
Ou será que ele está terminando?
Ultimamente não tenho muita certeza quando o dia começa e termina.
Só sei que acontece isso.
Não sei o porquê pra mim.
Nem sei como ou quando.
Sei que eu estou aqui.
Eu, minhas pernas formando um 'x', meus braços segurando-as e meu café, que não está mais fumaçando, mas ainda está lá.
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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hoje o vento representa muito mais que ele próprio pra mim.
Eu apenas quero senti-lo.
Se der, eu roubo coisas dele.
Assim como eu sei que fazes também.
A gente rouba do vento.
O vento pra mim, agora, é mais do que palavras.
É um ser.
E aos poucos ele me traz montes.
Quando ele tá longe de mim é quando ele tá contigo.
O vento e as asas de fogo.
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