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quinta-feira, 30 de abril de 2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009, às doze e quinze exatamente.



falarei de uma tentativa de suícidio.
o meu.
não foi hoje e nem ontem.
nem mês passado.
já faz tempo.
mandei todos para puta que pariu.
todos, incluindo eu.
apontei um objeto para minha cabeça.
mas antes desse ato, estava sorrindo com pessoas próximas a mim.
com olhos abertos... pelo menos achei que estavam.
fui largada propositalmente.
foi nesse instante que eu percebi que tinha uma venda nos meus olhos.
foi nesse momento que mandei todos para puta que pariu e apontei o objeto.
com as mãos encharcadas e mais trêmulas possíveis, como se o objeto que minha mão formava fosse real.
surgiu então, um ser vivo (ou não) inesperado.
empurrou o objeto para longe de mim depois de trocarmos algumas verdades (ou não).
ele fez-me desvendar os olhos, escurecendo minha vista com a luz que não estava acostumada.
senti algo diferente, vontade de gritar.
mas logo depois fui interrompida pelo meu desespero.
vi minha alma.
corri para a proteção e logo me desfiz.
palmas.
hoje apenas sorrio (ou não).
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

O ruim é pensar que o coração do meu coração está ocupado.
E mesmo sabendo que o meu coração não é reconhecido pelo dono, isso dói.
E a dor é irreconhecivel no momento em que se alastra, mas ela deixa cicatrizes que nunca se fecham completamente.
O tempo é o pior amigo na vereda da cura dessas cicatrizes.
E as asas de fogo as abrem mais do que o normal.
E dói.
Dizem que a pressa é a inimiga da perfeição.













Então eu digo que é minha melhor amiga.
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sábado, 25 de abril de 2009

Meus passos são irresponsáveis pelo meu agir.
Faço o que não penso, rio do que penso.
Cometo erros, e gosto de cometê-los.
Quando faço certo enjoo.
Quero fazer errado, quero ouvir sermão do correto.
Esquentar o frio e congelar o quente.
Pesar o magro e encher o gordo.
Salvar o abandonado e abandonar o perigo.
Desatar os laços e amarrotar a seda.
Gritar no silêncio e apreciar os gritos.
Fingir em vez de agir.
Olhar o sorrir e sorrir o olhar, apenas.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

o que seria de mim sem minhas lembranças..
lembranças do que nunca existiu, pode até ser, mas ainda assim são lembranças.
tenho na mente um cara que nem sequer já estiver perto, nem perto de estar perto.
mas ainda assim, me lembro dele.
um dia, eu me lembro, tive uma família perfeita.
aaah, eu me lembro como se fosse ontem.
e isso nunca existiu.
mas ainda assim, me lembro.
lembro de palavras que eu disse pra um ser inesperado,
e essas palavras nunca foram ditas, e muitas delas, nem pensadas ainda.
mas ainda assim, me lembro.
abraços e risos às vezes voltam, um pé após o outro com uma rapidez indiferente dos passos da pressa de um corredor, essas lembranças sim.
talvez tenham existidos, mas por tão pouco tempo, que nem eu sei mais se foi real ou fantasia.
mas que eu me lembro, eu me lembro.
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