Pra fugir do desconhecido, a gente se esconde.
A tendência é viver fingindo que corremos o risco.
Risco do atraso, risco da mudança, risco da liberdade, risco de amar.
Mas a verdade mesmo é que o risco não ocorre.
O medo é tanto que a cada dia vivido é como se passasse despercebido.
O que fazemos mesmo, de fato, é não viver.
A dor não é uma escolha. Nunca é.
O máximo que pudermos evitar sofrer evitamos sem hesitar.
A busca pela felicidade é infinita, infinita até que dure.
Não há desistência quando o ser é fraco.
E fraqueza também não está nos planos.
São meses de terapia pra entender essa busca desnecessária.
São goles de cervejas, carteiras de cigarro, telefonemas evitados.
A busca pra ser feliz é igual pra todos, as dificuldades que não.
Câncer, capricórnio, áries, seja lá o que for, não há diferença além da chegada.
Eu tenho corrido.
Corrido riscos, corrido dilemas, corrido caminhos.
E quero correr mais. Correr léguas de riscos e corpos.
Mais e mais, porque agora eu corro pra chegar lá (seja onde for).
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