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sábado, 5 de janeiro de 2013

O dia dela.

Eu lembro de tê-la visto acordar sem esperanças pra aquele dia.
Até tomou café, o que não fazia geralmente.
E, enquanto chovia naquela manhã, assistiu sua série preferida até a chuva passar.
No fim, se preocupou em lavar bem os cabelos pra que ficassem cheirosos para si.
Ia encontrar com os amigos logo no meio da tarde, pra discutir poesias.
E amaram-se. Os três. No chão. Com beijos e pegadas. E após muito suarem, despediram-se.
A atração não ia além de corpos bonitos.
De noite marcaram de beber cerveja em um pequeno e barato boteco.
E nos meio das fumaças dos cigarros, também baratos, ele apareceu.
Ela não o via há 3 anos, após enxergá-lo com sua camiseta preta (aliás, parece que foi proposital, em uma noite deles dois juntos, ela disse que amava-o com aquela camiseta) virou o rosto pra que ele não percebesse o sorriso que havia sido costurado e estampado nos seus lábios.
Levantou-se para ir ao banheiro com aquele querer ser e não ser percebida ao mesmo tempo.
Ao voltar para mesa: "queria encontrar alguém conhecido, alguém bem bonito, pra que ele percebesse que dei a volta por cima de nós dois. Alguém me me tocou. Ah, eu conheço!
Será que ele viu? Não quero olhar pra não dar muita bola, mas não posso pedir pra outra pessoa olhar, vão saber quem ele é. Merda, fiquei de costas. Será que ele tá me olhando? "
E estava.
Ela voltou pra casa sem saber que ele a olhava com o mesmo sorriso e saudade.
Mas ela estava feliz pelo simple fato de tê-lo visto.
Estranha, não?
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