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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Tô sentindo falta do que há um tempo eu não sinto. Da minha barriga cheia de borboletas disparando de um lado pro outro, de um olhar que eu nunca consegui disfarçar, das minhas mãos e pernas tremendo, e tremendo tanto que eu tinha dúvida se eu conseguiria ficar em pé ou se eu iria cair ali na frente de todos. Da minha irncerteza se iria encontrá-lo, mas pouco depois ela passava, pois ou na minha frente, ou atrás ou ao lado de mim eu via aqueles cabelos negros, aquele nariz um tanto grande, um corpo magro e um brilhinho na orelha esquerda, ou seria na direita?! Pouco me importava o local do brilho, o que mais mechia comigo era aquele sorriso grande que sempre me pareceu verdadeiro. Eu cutucava a minha melhor amiga e perguntava: '' é ele? '' e resposta que eu fingia não querer ouvir sempre vinha: ''aham''. E logo minhas bochechas coravam, as borboletas vinham e a falta de confiança em minhas mãos e pernas estavam comigo novamente. E ao passar ao lado dele eu sempre buscava sentir seu perfume, mas nunca consegui ao certo saber qual era. Então a noite toda era assim: ''ei, onde tá ele?''. Logo depois eu arrastava todos que tavam comigo para procurar um alguém, alguém que nunca soube de nada disso mas tenho quase certeza que desconfiava. Sinceramente não me importo muito dele não saber de mim, apesar de que vez ou outra, isso é o que eu mais desejo. O mais importante era quando eu sentia meus olhos brilhando e a felicidade chegando tão forte, que as vezes demoravam dias pra sumir do meu rosto. O que antes eu pensava que não era bom pra mim, agora eu sei que era o que me alimentava.
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